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Não me pronuncio sobre a minha estupidez. A minha parte de bom senso observa calada enquanto faço merda.

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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

à pessoa que comentou os meus textos

desde já peço desculpa por só responder agora, e de modo tão vago. costumo ser mais simpática, a sério :) em primeiro lugar, muito, muito obrigada pelas tuas palavras tão simpáticas quantos aos meus textos, fico muito feliz por saber que alguém os lê e que alguém gosta do modo como jogo com as palavras. em segundo lugar, infelizmente, este blog já não me cativa. muitas histórias foram aqui contadas por mim e que eu não quero lembrar-me mais delas, porque me magoam. continuarei a actualizá-lo, mas com muito menos frequência. no entanto é de salientar que criei um novo e que terei todo o gosto em divulgá-lo aqui: http://margarida-bolacha.tumblr.com , terei muito prazer em receber as tuas criticas e os teus comentários e espero que continues a identificar-te com o que escrevo e que continues a gostar da minha maneira de escrever.
mais uma vez agradeço por tudo, sim? e espero que gostes do meu novo blog tanto quanto gostas deste :)

sábado, 18 de fevereiro de 2012

John Lennon

E quando tudo se pensa ajeitado, tudo o vento leva. Ele tinha tudo o que mais desejava, tudo o que amava, todos os objectivos alcançados. E quem era Chapman para decidir pôr fim a tudo o levou tanto tempo e esforço a construir? E quem era Chapman para continuar a viver quando o herói estava já morto?
E quem somos nós para deixarmos que isso nos leve avante? Porque Lennon era especial e vai continuar a sê-lo eternamente. Enquanto Chapman era e vai ser sempre o estereótipo de lixo na sociedade. Ele nunca vai ser "Mark David Chapman". Será sempre "aquele que matou a estrela", aquele que tirou a vida a alguém muito importante para muita gente.
Ele totalmente não tinha o direito de o tirar da família, das pessoas que o amavam. Não é justo e é digno de um julgamento.
E Chapman nem devia estar numa cela isolada. Devia estar com os outros e sofrer, tal como ele fez com o mundo inteiro, há 22 anos atrás.

Each time

Cada vez que cometo um erro, o mundo cai, os meus olhos choram, a minha pele sangra; a minha consciência adormece. A necessidade de respostas na minha mente e o ardor nos meus dedos. A tinta que falha na caneta que desliza sobre a folha que retém os meus lamentos sem fim.
Então tudo escurece. Tudo fica calmo. Coração que sossega eternamente, sobre um manto vermelho rasgado de dor e medo. Medo que paralisa as acções mais belas, que congela os sentimentos. 
É tudo em vão. Toda uma vida intrincada de pânico. Todas as situações. Todas as pessoas. Tudo.
E aqui estou eu. A ignorar as vozes em torno de mim. A pensar em como me vou aguenta; em quem me vou agarrar para continuar a respirar sem doer os pulmões. Mas eu preciso de parar. Pensar também dói. Sinto a cabeça a explodir. Preciso de parar. Preciso.
- Margarida

The pain I always feel


Quero bater em mim mesma e deixar-me a sangrar. Porque só eu consigo ser suficientemente estúpida para confiar tanto nas pessoas logo ao inicio. Porque me magoo apenas porque quero. Porque sou uma tola sem remédio, que nem de si mesma tem dó. Então sofro. Sofro porque sim. Devo gostar especialmente da dor intrínseca no meu coração. Na minha alma. Em todo o meu corpo. E ninguém compreende. Nem mesmo eu tenho a capacidade de me entender.
Apenas... o sangue a escorrer pelos meus braços... sabe bem. As cicatrizes mostram tudo; contam a minha história como ninguém.
E depois venho para aqui, reclamar do aperto do meu peito, da dor na minha cabeça. Nada tem sentido na minha vida.
- Margarida

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sad and done

Hoje acordei triste. Especialmente triste. Tão melancólica que senti a estranha necessidade de voltar a escrever no meu blog. Tão melancólica como não me sentia há muito.
No caminho até à escola, ouvi uma única música: “Last kiss”, da Taylor Swift. Não. O meu problema não é com rapazes. Nunca foi essa a questão. Eu passo sobre eles. Nunca sofri realmente por nenhum. Se já chorei por eles? Sim, é claro. Mas nunca me permiti alongar nesses assuntos. Eram superficiais. Quase inexistentes no mar de problemas que me rodeava.
Se o problema era a escola? Não. Também não. Há muito que a escola deixou de ser um problema para mim. Estou bastante segura e bem mentalizada de que ainda me esperam pelo menos 2 anos e meio até ao fim, sem contar, obviamente, com a faculdade.
Então, o meu problema continuava. O que me estava a deixar tão melancólica e soturna?
Ao entrar pelos portões do Externato e após subir as escadas, entendi um dos grandes motivos da minha melancolia: as pessoas que me rodeavam.
Sempre as mesmas e tão fúteis. Tão falsamente alegres. Tão falsamente falsas que me pergunto o quanto elas se esforçam para serem tão pútridas. Perguntei-me variadas vezes quando é que aquelas pessoas deixariam de ser assim. Não obtive se não um eco na minha cabeça. Um eco que não trouxe resposta alguma.
E ao observar os movimentos alegremente forçados das pessoas, senti-me ainda mais melancólica. Com uma vontade ainda maior de me atirar para a estrada e deixar que um dos grandes automóveis - que os pais de toda a gente exibiam – me apanhasse.
E hoje, na escola, enquanto não me esforçava para forçar um ar alegre e sorridente, dividi-me entre a raiva e a tristeza, debatendo-me na fronteira e chorando interiormente cada minuto que passava.
Na minha cabeça, aquilo não estava correcto. E porquê tanto entusiasmo da parte deles? Nada fazia sentido!
E depois veio a estranha sensação de ira crescente na minha garganta e a carnificina misturada com a minha saliva. Não. Aquilo não estava certo. Não estava certo que eu olhasse para cada uma daquelas pessoas e me imaginasse a degolá-las sem o mínimo do dó e sem a mínima da piedade. Imaginava-me facilmente a torturá-los e a fazerem-nos pagar por cada lágrima que algum dia derramei por sua culpa. E eu sabia; aquilo não estava certo.
No entanto, não consegui controlar a minha raiva. A minha boca era uma torrente de indirectas e sarcasmos direccionadas a toda a gente que estava presente – exceptuando, é claro um ou dois que nunca na vida eu seria capaz de amaldiçoar ou de ter pensamentos malignos.
Mas de que importava tanta falsidade? Mas de que importava tanta inteligência artificial? De que raios importava todas aquelas informações que toda a gente me estava a dar?
Nada. Era isso que importava. Absolutamente nada. Então, calmamente, sentei-me no banco e vi-os partir, desejando poder comportar-me como um animal selvagem. Cuspiria no chão, fá-los-ia sofrer e no fim, fugiria para ser feliz no meio do mato. Porque lá, sentir-me-ia muito mais acompanhada do que me sinto aqui. Porque lá, eu não precisaria de fingir mais. E porque lá, eu poderia viver no meu meio plenamente natural.
- Margarida Louro