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quinta-feira, 3 de março de 2011

Tears are in my eyes

   


Saudade é aquilo que sinto neste momento. Saudade é a inexplicável revolta de sentimentos dentro de ti, de mim e de toda a gente. Saudade é o sentimento mais confuso antes mesmo do amor. Ai se a saudade matasse...
A verdadeira saudade da pessoa que amas ao ponto de chorares dia e noite; ao ponto de te sentires culpada pela sua própria partida ainda que a culpa tenha sido a própria morte.
É algo que magoa e que não podemos esquecer. E eu nunca esquecerei o dia em que partiste. Porque continuo a pensar em ti a cada segundo que passa. Continuo a culpabilizar-me por não ter tido coragem suficiente para me despedir de ti como toda a gente fez. Apenas me sinto culpada por ter ficado a chorar como um bebé em vez de fazer algo para descansar a minha consciência. 
Mas agora... agora fica a miragem de ti e dos bons momentos passados contigo. Talvez se me tivesse mentalizado de que iria acontecer; mas a única coisa de que me mentalizei, foi que ias ficar cá para sempre. Com a mesma alegria e força que sempre tiveste. E ao recordar as tuas palavras sempre que me vias, ao recordar, até mesmo, o teu cheiro, as lágrimas voltam aos meus olhos. Tento pensar que foste para junto das pessoas que mais amas e que estás feliz. Mas não consigo. Sou suficientemente egoísta para te querer junto de mim outra vez. Quero esquecer aquela terrível data. Quero voltar atrás e ir visitar-te e receber a tua prenda de Natal atrasada. Quero receber a tua habitual beijoca. Quero poder sorrir quando a tua voz diz mais uma vez: "Estás uma mulher!". Simplesmente quero. 
Uma vez disseste que querias chegar aos 100. E eu disse que queria chegar aos 100 contigo. E agora deixaste-me sem explicação. Simplesmente deixaste que a sombra te levasse. Deixaste-me quase sozinha.
Mas de que vale lamentar?? O mal já está feito e tu já não estás cá. Já não estás cá para me receber em tua casa com o habitual sorriso.
Quando vi a tua cara pela última vez pensei que não eras tu. Tão diferente e sem sorriso. Quando te vi pela última vez e já sem vida, sussurrei "ate já". Porque não vai faltar muito até ir ter contigo. Prometo.

A dia 1 de Março de 2011, aos 86 anos, morreu uma das melhores pessoas do mundo. Cheia de genica até ao último suspiro. Espera por mim tia Trindade.


- Margarida Louro (emocionada pela saudade  que resta)

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